Reflexões do cotidiano #6

A gente não quer só netflix e scroll no celular.

Nosso corpo e nossa alma pedem outras formas de descansar. Recentemente recebi um amigo da faculdade que mora em outra cidade na minha casa, já somos amigos há muitos anos. E por mais que a gente tenha conversado que nem uns loucos – a ponto de ir dormir todo dia mais tarde por causa disso – eu me senti muito descansada nesses dias com ele.

Oscilamos nossa verborragia com silêncios absolutamente confortáveis, com cada um só sendo. Tão bom. E isso tem me feito pensar sobre descansar no outro. Para conseguir atingir esse tipo de descanso precisamos de alguns ingredientes: muita sintonia, geralmente alguns anos de amizade, situações adversas percorridas junto é um bônus, admiração ajuda e é preciso ter vontade de estar junto.

Se quiser saber o seu nível de sucesso ao praticar a modalidade de descanso no outro, existe um sinal claro: o silêncio confortável. Nós precisamos normalizar o estar junto fazendo nada. É ótimo encontrar algo para fazer, mas o inverso também é verdadeiro, já experimentou?

Porque o descansar no outro oscila entre o tudo a dizer e também o nada a compartilhar – e ambos bastam.

Se você reconhece que tem a sorte de ter pessoas assim na sua vida, pessoas com quem basta ser, você sabe do que estou falando. E talvez seja hora de dedicar um pouco mais de tempo para esses que além de tudo que já representam na sua vida, também são tão aconchegantes que parecem lar.

@luizavoll


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