O retrato de um momento que conversou comigo Na semana que escrevo uma amiga de longa data está fazendo uma viagem a trabalho pela região amazônica. Eu, particularmente, não sou muito de comentar ou ficar acompanhando os status e atualizações quando algum colega ou mesmo amigo próximo posta fotos de outra região do Brasil quando está de férias ou algo parecido. As vezes me pego pensando se isso é para evitar comparações (desnecessárias) ou uma forma de preservar minha saúde mental, já que evito de passar tempo além do necessário nas redes. Entretanto, nesse dia larguei um olhar demorado sobre o relato fotográfico da minha querida amiga. As paisagens naquela região da floresta são de uma beleza ímpar. E uma delas em particular me tocou profundamente. Era a imagem de um barco e a imensidão do Rio Amazonas ao fundo, e com os dizeres "Emuldurar na Lembrança" - escrito por ela como legenda para a fotografia. Um sorriso breve cruzou meu rosto. Eu fiquei fascinado por aquela imagem ...
As conversas que tenho comigo mesmo Provavelmente a melhor coisa, a que de fato acrescentou na minha vida, foram as conversas que comecei a ter comigo mesmo. O contraditório disso tudo? Foi tirando pensamentos da minha cabeça, e derramando palavras ao longo de folhas de papel, ou nas páginas desse blog, que acrescentei algo em minha vida. Eu tirei para acrescentar. O bom e velho, menos é mais. Nesses dois últimos anos tive de tudo um pouco na minha vida. Crises, choros, momentos de empolgação, frustração, angústia, etc. Mas também teve alongamento matinal que evoluiu para uma prática de yoga constante e diária; meditação e respiração consciente por pelo menos 5 minutos ao dia e, tema dessa minha reflexão, meus textos para mim mesmo. Quando comecei a estabelecer um diálogo comigo mesmo, um diálogo reto e necessário, descobri que estava vivendo ou comprando sonhos alheios, projetando futuros que não me vejo mais. É quase como olhar para uma paisagem e sentir que você não se encaixa...
O mesmo cara que levou uma invertida pela parte da manhã de um colega de trabalho, foi o mesmo que horas mais tarde soube aconselhar uma velha amiga com palavras bonitas e sinceras sobre um momento delicado. E sim, como diria Roberto Carlos (o cantor): Esse cara sou eu. É normal se decepcionar, inclusive com a própria existência. Tem dias que dá vontade de voltar para a cama. O mundo não é do jeito que eu quero. E o que tiro de lição sobre o evento da manhã é sempre me dedicar de corpo, alma e coração a nunca ignorar a leitura que faço dos acontecimentos ao meu redor. Perder essa leitura, ignorar sutilezas e sinais, já me colocou, e me colocará, em diversos problemas - e até mesmo risco de morte. Se jogar, sem paraquedas ou corda de segurança, em aventuras, crenças, expectativas, projeções para o futuro, é um risco. Se mal calculado, as consequências podem ser terríveis. O prazer momentâneo pode se transformar em arrependimento terminal. Para todo o meu passado de escolhas insensatas, ...
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