Certezas
Hoje não consegui sentar para escrever nem uma única palavra
"Marcel, você está escrevendo agora!"
Não, eu estou digitando..
E além da tecnicalidade se escrever a mão ou digitar são ou não coisas distintas, hoje não escrevi nada pelo fato de não me sentir inspirado.
Todo o texto está fluindo e eu não faço ideia de onde vou parar, se é que vou.
Sem barreiras de tempo, ou mesmo pensar num tema central. Sou apenas eu, e meu velho notebook enquanto digito as próximas palavras.
Hoje foi um dia de me livrar de mais algumas certezas. Aliás, envelhecer se tornou isso para mim. Se livrar de certas certezas, colocá-las em algum lugar para observar por outro ângulo, e abraçar o incerto, assim como essas palavras que a minha consciência me impulsionam a escrever.
Parece que durante anos fiquei preso, amarrado. Repasso minha vida, quase como folheando um caderno, e as vezes tenho a forte impressão que vivi numa casa (com meus familiares) sob um regra proibitória: É proibido sentir! Seja luto, alegria, incerteza, etc.
Hoje, a única certeza que carrego é que só me interesso por explorar o sentir.
As outras tantas certezas, que estavam com a mão no volante da minha vida, tratei de colocar no banco do carona, algumas no porta-malas, outras ficaram pela estrada. Estrada essa que pretendo nunca mais passar outra vez...
Marcel
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