Distração
Todos precisam (em doses homeopáticas)
Essas são perguntas que as vezes me faço: Até que ponto eu ou você precisamos de uma distração? Até que ponto é importante deixar os pensamentos de lado e se entregar ao feed de coisas estimulantes, engraçadas, bobas e tantas outras coisas que nos distraem do mundo?
A impressão que tenho é que somos o tempo todo bombardeados de distrações para nos ajudar a fugir de nós mesmos. Nada é mais pavoroso no mundo moderno do que ter um momento a sós sem nada para fazer. Ficar refém dos próprios pensamentos e emoções se tornou assustador - quando não, coisa de gente esquisita.
Somos uma sociedade de consumo e produção, logo você tem que estar ou consumindo algo o tempo todo, ou produzindo algo para os outros consumirem. Até o ócio tem que ser criativo. Quando eu era mais novo, ócio era apenas ócio mesmo. Descansar era descansar. Escutar música era escutar música. Estranhamente as coisas tinham um único significado. Hoje em dia, não.
Se eu escuto uma música é para aprimorar meu inglês, o meu tempo de folga é para adiantar coisas do trabalho ou planejar a semana seguinte. Os minutos que tenho do meu almoço é para responder recados dos meus clientes. O meu descanso, ou tempo fora do trabalho formal, tem que estar voltado para minhas metas pessoais ou empreendendo...
Socorro!
Meditar, respirar, refletir. Estou falando 3 palavrões que o mundo moderno abomina. Procurar me entender, examinar minha emoções, minhas reações, repensar atitudes. Tudo isso me soa muito mais importante do que a próxima partida da seleção brasileira ou o filme novo da Marvel. Digo mais: é necessário que cada um aprenda a se escutar e se entender.
As distrações são apenas isso, distrações. Sim, elas são necessárias. Afinal ninguém é de ferro. Apenas penso em ter cuidado para não focar tanto nas distrações, e esquecer de viver por estar distraído.
Marcel
Comentários
Postar um comentário