Nadando no rio de coisas intermináveis a fazer
Não me considero um escritor. Nem pensador, filósofo, ou qualquer outro rótulo já conhecido. Eu apenas escrevo. Olho para essa página em branco à minha frente e vejo nela a oportunidade de derramar pensamentos. Ontem, aliás, funcionou muito bem, não só escrevi dois textos não planejados, como consegui extrair emoções profundas e remexer em velhas lembranças com uma clareza que me agradou - e é sobre isso que tem se tratado muita coisa da minha vida. Sempre busquei isso: clareza. De pensamentos, de emoções, justificativa para minhas ações e reações. Clareza ao falar, expôr ideias. Clareza dos acontecimentos, sobre as pessoas com quem me relaciono, do mundo ao meu redor. Oras, mas isso, todo mundo faz, não é mesmo? Não. E posso estar sendo arrogante, mas a resposta mais óbvia para isso é um retumbante não. A grande maioria das pessoas que eu conheço não faz o menor esforço para ter clareza, por mínima que seja. A grande maioria apenas se deixa levar. Pelo trabalho, pelo cansaço, antigas ...