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Mostrando postagens de abril, 2024

O silêncio da chuva

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  Às onze e quinze, pegou um livro para ler. Desistiu em poucos minutos. Tinha medo de dormir e não escutar o telefone tocar. Impossível ouvir música. O vazio da espera não podia ser preenchido com nada além dos fantasmas de seu próprio imaginário e sempre que tentava retomar o fio do raciocínio era novamente invadido pelo imaginário. Às duas horas da madrugada, já não distinguia claramente a realidade da fantasia.

Vazios

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Era uma tarde agradável. Eu estava em meio a amigos. Havia alguma música, comida e bebida (sempre há).  Muitas risadas, algum evento qualquer passando na televisão, não que alguém se importasse já que a cerveja era mais do que suficiente para entreter todos os presentes, até mesmo eu: um não "bebinte". Foi em algum momento da tarde. Então o assunto sumiu. O silêncio das vozes ausentes tomou conta do ambiente. Só um música leve tocava ao fundo. Todos rapidamente sacaram seus celulares, até os que estavam dentro da piscina, e começaram a deslizar os dedos pelas telas. Alguns gargalhavam, outros apenas se deixavam sorver pela torrente de informações, barulhos e piadas que eram despejadas tela fora. Percorri com os olhos vários dos presentes. Ninguém mais olhava nos olhos dos outros. A sensação de não ter assunto, ou o fato de estar presente no silêncio do momento, era demais para suportar. A tela trazia a resposta exata e necessária de que todos precisavam. Apenas as crianças de...

Falhas

Em algum momento do dia a conversa surgiu. Um comentário sobre o amigo do filho que usou um medicamento famoso para queda capilar na barba. Ele queria "reparar as falhas da barba". E depois o assunto se encerrou com "Mudou o rosto do rapaz". Nessa hora me pergunto: o quanto o examinar das falhas (reais) é importante? Faço uma pausa e começo a me examinar. Quando, de fato, eu coloco as lentes certas para observar as falhas reais e sérias que possuo? A verdade é dura, assim como a resposta que dou a mim mesmo: quase nunca. A grande maioria, ainda que de fôrma única, nasceu com os mesmo ingredientes. Surgimos todos da mesma mistura. Os mesmos vícios e defeitos. O que cada qual coloca em destaque nas muitas prateleiras da alma é o nome que se dá ao cárater; ou examinando externamente, "personalidade". O fato é, para mim, o que pode ser um defeito menor, é do tamanho exato que me proponho a dar. As coisas são do tamanho que devem ser. E é não exagerando no tama...

Reflexões do Cotidiano #4

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Meditações (3)

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  Hoje me livrei de todos os problemas e perturbações; ou melhor, expulsei a todos, pois eles não estavam lá fora, mas aqui dentro, nas minhas opiniões.

Pensamentos soltos em frases amarradas (4)

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Fragmentos de uma alma Sinto ainda que tenho tanto a escrever, tanto a tirar de dentro de mim O que foi descoberto em mim, agora desnudo para todos Ao mundo, minhas palavras Para mim, confissões da mente  Do meu colapso interior Daquilo que quebrou e se espalha em fragmentos Das rachaduras expostas Das minhas chamas Daquilo que chamo de alma

Coração das Trevas (2)

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 [...] estava escrtito que eu devia ser leal ao pesadelo de minha escolha. Eu estava ansioso para lidar com essa sombra sozinho, e até hoje não sei por que era tão cioso em compartilhar com alguém o negrume peculiar daquela experiência.

Escrever

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  Em algum momento do ano passado eu comecei a escrever. Foi um impulso. Assim como as palavras que agora despejo. Não houve preparo, reflexão, nem rascunho. Foi uma epifania, diriam alguns. Ou não. Estava apenas eu, meu velho notebook e algumas ideias que ferviam dentro de mim. Todas prontas para sair pelos meus dedos para o teclado. Estranho pensar que comecei com a Morte. Sim, o nascimento do meu blog, foi para lamentar a morte de uma pessoa querida. O sentimento guiou minhas ações, minhas palavras. Explorar aquele sentimento foi a pedra de amolar das minhas reflexões. Lembro de um elogio que recebi em particular: "Os frutos não caem longe do pé". Um dia escrevo mais sobre isso. Aliás, tudo hoje se resume a escrever. Um pouco sobre isso, um pouco sobre aquilo. Mas sempre com uma regra bem clara na cabeça: deixar fluir.  Sim, escrever para mim é isso, deixar fluir... Marcel - aniversário de 1 ano de blog

Garfield #2

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