Postagens

Mostrando postagens de maio, 2024

Leandro Gomes de Barros #1

Se eu conversasse com Deus Iria lhe perguntar: Por que é que sofremos tanto Quando viemos pra cá? Que dívida é essa Que a gente tem que morrer pra pagar? Perguntaria também Como é que ele é feito Que não dorme, que não come E assim vive satisfeito. Por que foi que ele não fez A gente do mesmo jeito? Por que existem uns felizes E outros que sofrem tanto? Nascemos do mesmo jeito, Moramos no mesmo canto. Quem foi temperar o choro E acabou salgando o pranto?

Pensamentos soltos em frases amarradas (5)

Imagem
Nem tudo são inventos Em cada reflexão Um muro rabiscado, alusões E alguns outros momentos Eu aceito minhas emoções Acolho bons tempos Abrigo boas lembranças Realidades, eu invento Eu escrevo ou sou escravo dessas paixões? Da minha caneta, pulam pensamentos Nem mentiras, nem lamentações Apenas derramo palavras, sentimentos Marcel

Anônimo #2

Imagem
Você! Já te ocorreu que o propósito de você estar vivo é desenvolver você? Não é a casa e o carro Não é o diploma Não é o que tem ou faz É você...

Videogame

Imagem
D ia 29 de setembro de 2023 . Noite. Liguei meu velho videogame. Remoer ideias o dia inteiro me cansou. Remover a poeira de velhas conversas não era minha perspectiva. Eu precisava de tempo, espaço, e algum momento desligado dos outros, e até de mim mesmo. Relaxar a cabeça. Um pequeno instante de fuga, longe das razões que me tiraram do eixo. Eu precisava de meia hora com meu personagem passando por  poços com estacas e espinhos,  pular na cabeça de tartarugas assassinas ou me livrar de plantas carnívoras famintas - que nutrem uma paixão pela minha figura na tela ao qual não desejo corresponder. Esses minutos a sós, pontilhado de barulhos estranhos e uma trilha sonora que remete a uma floresta, são o momento ideal para fugir de lições de moral, e alguns diálogos imaginários. Conclusões, novas conclusões, antigas conclusões, ou mesmo um texto para postar no blog. Não existe papel triste ou caneta esferográfica sem uso aqui próxima a mim. O s textos (as reflexões) surgem aos mon...

Histórias sem fim #3

Era uma vez, ou não Pedaços de histórias descontinuadas Achados do computador e documentos pessoais Histórias que nunca tiveram contornos definitivos Era uma vez… Mãe… Espera filho. Então, Era uma vez… Ô, Mãe! Oi, meu filho? Você contou essa história ontem. Contei? Contou sim. Mas eu nem comecei a ler, como que… A história de ontem começou assim também: Era uma vez… Ah… O quê? Meu filho, todas as histórias infantis começam assim. Todas? Sim. Todas. Que chato. Filho... Desculpa mãe. Ainda quer que eu conte a história pra você dormir sim ou não? Não! Não? Sim. Sim ou não? Sim, quero. Tá bom. Vou começar de novo. Era uma vez, numa terra muito distante... Já sei o resto… Júnior Felipe Gabriel! Não interrompa sua mãe. Desculpa mamãe. Desculpa mamãe, ora essa. Mas você contou essa história ontem. Não contei não. Contou mãe. Então tá. A história é sobre o quê? Que história? A do livro que você falou que eu já contei. A de ontem? Sim… Hum… A história é… A história é… Hum… Já sei! Então fale! ...

Percepções (2)

Imagem
Você consegue ver as correntes que te prendem? Enxergar as grades bonitas da tua jaula? Os (falsos) valores Os produtos, os padrões, a moda Os (falsos) desejos que te levam a consumir sem freios A torrente de estímulos frios que te aceleram os pensamentos e abreviam os teus dias À caverna escura Que essas  cadeias te conduzem Consegue discernir na escuridão, as sombras nas paredes? O salário, o trabalho, as metas Se apercebe dos teus impulsos superficiais As correntes que te prendem Consegue sentir os grilhões nas tuas pernas? Se esforça Reflete Olha para o sol dentro de ti para iluminar teus pés Dá o primeiro passo Observa as paredes que limitam teu entendimento O que se sabe é uma gota, o que vivemos, um momento Agora que percebes tua ignorância, arrogância A inda consegue rir do que achou antes? Já imaginou romper esse muros E ver o mundo sem lentes distorcidas Sem lamentar o ontem? Marcel

Confortos

Imagem
C ontinuar insistindo nas mesmas soluções sem resultado é um eterno afundar nos problemas Já vivi anos assim Ignorando muita coisa importante Vendo os sinais no meu corpo, na minha vida e achando que o patrimônio, ou o curso, ou o concurso ou o status, ou o-quê-quer-que-seja ia me dar conforto, prestígio, respeito ...quanta perda de tempo, energia Ufa! Já não penso mais assim A gente só acha conforto quando retiramos da alma os incômodos E enquanto os cômodos internos da alma estiverem lotados de mágoas e outras tantas coisas não resolvidas, tudo que é externo só piora e agrava a situação Eu sei que se abrir e se expor é difícil Nem todo mundo vai deitar num divã e abrir o peito Muito menos enquanto continuar enxergando na busca por mais patrimônio as soluções para os incômodos da própria alma Marcel

Percorrer

Imagem
Alguém algum dia fez tudo parecer fácil. Ganhar a vida, ganhar o mundo, ganhar dinheiro.  Quem colocou esse valor em mim? Não sei ao certo. Foram uma, duas, ou um massacre diário, (absurda) cacofonia de ideias, que não me permitiam pensar diferente? Não é fácil responder. Quanto tempo perdi (me perdi) achando que teria que ganhar algo externo a mim mesmo para ser reconhecido pelos outros. Algo que eu nem entendia bem.  Quantas feridas essa louca corrida me fez? E mais importante, q uanto tempo mais ainda me resta para andar com passo devagar no meu caminho e de mais ninguém?  Não nasci para ganhar. Não me interesso por competição. Já sei disso tem um bom tempo, apesar de admitir somente nesse intervalo menor de anos que se passaram. E como eu não me interessava por essa competição maluca, agora meu corpo pede pra que eu olhe para dentro de mim e abra o meu peito para expôr as contradições, as minhas contradições que carreguei como se fossem um fardo valioso. Agora navego ...

Reflexões do Cotidiano #5

Imagem
 

Satisfeito

Imagem
É sempre assim comigo, não será com todo mundo? Quando eu começo a me mexer, as dúvidas vão embora E descubro novas coisas E depois fico satisfeito comigo mesmo por ter conseguido superar Etapas, aquelas, que eu considerava impossíveis Tá na hora de bater uma real comigo e aceitar Que o meu pior inimigo sou eu Que tenho um cérebro Que pode se tornar meu amigo Meu aliado Se eu aprender Se eu conservar os pensamentos corretos Sem me queixar do passado E guiar minhas ações para aonde quero chegar Marcel